[:br]O início dos anos 90 marcou o início do uso da internet pela população, a mesma já era utilizada por militares desde o ano de 1969. Com isso a comunicação com o mundo mudou, o que antes era por correspondência (cartas) e ou ligação telefônica começou a se tornar mais fácil utilizando os correios eletrônicos (e-mail) assim como o acesso a informações diversas.

Esse foi o inicio de uma nova era para todos e transformou comportamentos e estilos de vidas, ainda mais nos anos 2000, com a popularização das redes socias onde conectou milhões de pessoas que hoje dedicam parte do seu tempo para sua utilização postando, curtindo e comentando os mais variados posts (postagem) da sua rede de conexões.

Hoje já contamos com pessoas que nasceram nessa era de redes sociais, alta conectividade e acesso a informações rápidas assim como utilização de aplicativos que facilitam as atividades e tomadas de decisão. A tecnologia cresceu muito rápido e toda essa informação hoje está ao alcance das mãos, telefones celulares inteligentes (smartphones) que são praticamente computadores móveis e que também fazem ligações telefônicas.

Estamos atravessando um período de mudança com especialistas falando na revolução da matriz de trabalho onde citam que muitas profissões hoje conhecidas estão prestes a serem extintas, podendo ser substituídas pela tecnologia. Nesse sentido a pecuária leiteira já sente a falta de mão obra, talvez devido a sua intensa e árdua atividade diária, não havendo folga nos 365 dias do ano fazendo com que o setor caminhe rapidamente em direção da automação.

Esse avanço tecnológico na pecuária de leite é observado em várias evoluções em feiras agropecuárias, equipamentos mais avançados e precisos com disponibilidade de maior número de dados para consultas e análises. Na agricultura temos já a chamada agricultura de precisão inclusive com a utilização de drones para análise da área.

Na pecuária de leite se fala muito na pecuária 4.0 ou big data, esse avanço no setor leiteiro se observa nos modernos sistemas eletrônicos de gerenciamento de rebanhos instalados em salas de ordenhas canalizadas, robôs nas praças de alimentações responsáveis por recolocar a comida de volta perto das vacas, sensores de temperatura de galpões para iniciar os ventiladores para refrigerar os animais, assim combatendo um vilão que é o stress térmico no rebanho, vagões forrageiros que realizam a mistura total dos ingredientes para uma oferta balanceada dos alimentos fornecido ao rebanho, alimentadoras de bezerro ou mães artificiais que ofertam leite em temperatura e quantidade certa ao bezerro em aleitamento. A ordenha robô já é realidade em algumas propriedades brasileiras sendo o grande avanço tecnológico do setor.

Tudo isso vem em consonância com a evolução do modo de vida da sociedade, porém não há como delegar uma coisa, o conhecimento da essência do negócio pois devemos conhecer a vaca, seu comportamento, sua fisiologia, sua nutrição e etc. Não há dados compreensíveis se não se entender da essência do animal.

Outro fator que irá nortear a produção de leite é o zelo com meio ambiente ao qual devemos ter muito cuidado e engajamento para sua proteção realizando o que já é comumente chamado boas práticas agropecuárias onde também se prioriza bem-estar animal.

Precisamos evoluir, entretanto com a inclusão e participação de todos para uma evolução constante de sociedade de forma saudável, evitando exclusão de pessoas que não tem ou tiveram mesmas oportunidades de conhecimento.

 

     Excelente LactAção a todas a fazendas.

                                                                                                                  Lissandro Stefanello Mioso

Med. Veterinário / Consultor Técnico

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