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Boas práticas no manejo de ordenha

Um bom manejo de ordenha consiste em otimizar o tempo que os animais passam durante esse processo, além de prevenir a incidência de mastite clínica e subclínica e a qualidade sanitária do leite produzido.
Alguns preceitos devem ser seguidos, independentemente do tipo de ordenha escolhida. Dentre eles, destacamos aqueles considerados essenciais para ajudar o produtor a garantir a excelência na produção:

Nutrição Animal - Agroceres Multimix

1. Conduzir com calma os animais até a sala de ordenha, sem gritos, agressões ou empurrões, para que esta não seja uma experiência traumatizante aos animais, associada ao medo;

2. Formar uma linha de ordenha, em que preferencialmente as primíparas sejam ordenhadas primeiro, seguidas pelas multíparas sem histórico de mastite, multíparas com alta CCS, e por último os animais com mastite clínica e descarte de leite. Com isso diminuímos a contaminação cruzada entre os animais;

3. Evitar o uso de água na limpeza dos tetos, a não ser que estes estejam recobertos por barro ou fezes. Nunca molhar o úbere, para que a água não escorra até os tetos e equipamentos de ordenha, aumentando o risco de contaminação;

4. Realizar o teste da caneca em todas as vacas para detectar alterações macroscópicas e presença de grumos no leite, o que permite o tratamento precoce dos animais, diminuindo a gravidade dos casos de mastite e o descarte de leite, assim como a disseminação do patógeno;

5. Realizar o pré-dipping com soluções comprovadamente efetivas e nas diluições recomendadas. É aconselhável a utilização de caneca sem retorno no uso do produto, evitando o acúmulo de matéria orgânica no restante da solução, o que diminui a eficácia do princípio ativo. Devemos também atentar para a forma como o produto é aplicado, garantindo que todo o teto seja recoberto pela solução e que esta permaneça por 30 segundos em contato com o mesmo;

6. Secar os tetos antes do acoplamento da teteira, utilizando-se uma folha de papel toalha para cada teto ou, se a opção for por toalhas de pano destinadas à prática, garantir que estas estejam limpas e que porções diferentes da toalha sejam destinadas a tetos diferentes;

7. Garantir o posicionamento correto das teteiras para evitar a entrada de ar. A retirada deve ser automática, ajustada para que seja realizada após esgotamento do leite do úbere, e o vácuo deve estar regulado para evitar hiperqueratose na ponta dos tetos;

8. Após a ordenha, aplicar solução pós-dipping, garantindo que toda a extensão do teto seja imersa no produto. Essa solução, assim como o pré-dipping, deve ter efetividade comprovada, além de ser mais concentrada e viscosa do que a primeira, garantindo que permaneça no teto durante o período em que o esfíncter se encontre aberto. Ainda, é importante que a solução tenha propriedades umectantes, para evitar rachaduras e preservar a integridade dos tetos;

9. Como auxílio na prevenção de mastite, principalmente ambiental, disponibilizar aos animais um novo trato no retorno de cada ordenha, para que o consumo de matéria seca seja estimulado e que os animais não se deitem durante o período em que o esfíncter permanece aberto, estando portanto, mais suscetível à contaminação;

10. Ao término da ordenha, higienizar a sala e os equipamentos utilizados de acordo com a recomendação do fabricante, após cada uso, para evitar a proliferação de bactérias no material residual e a contaminação dos animais e do leite proveniente da ordenha posterior.

Devemos lembrar que a sala de ordenha é o setor que obtemos o leite de fato, produto que tanto cultivamos e que nos dará todo o retorno do que foi investido até então. Por isso devemos sempre manter nossos funcionários atualizados, satisfeitos e conscientes da importância de seu trabalho, garantindo que estes preceitos sejam seguidos diariamente e assegurando um produto de alta qualidade aos consumidores.

Fonte : http://www.agroceresmultimix.com.br/blog/

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